terça-feira, 27 de setembro de 2016

Nossa Senhora Mãe da Divina Providência

“Nossa Senhora Mãe da Divina Providência: A Virgem Maria esta revestida de uma túnica purpúrea e de um manto azul; um véu transparente lhe cobre a cabeça, recaindo elegantemente sobre os ombros. Ela aperta amorosamente ao seio virginal a criança que segura nos braços, e dirige suavemente olhar para o rosto adorável do mais belo dentre os folhos dos homens. O menino não tem aureola, o que indica, na opinião de um cônego distinto, que Ele, além de ser o Filho de Deus, representa também os filhos dos homens. A mãozinha de Jesus, agrada a mão da Virgem, indica a confiança, o abandono, a fé inquebrantável com que o coração humano deve, na hora do perigo, recorrer àquela que é Refugio dos atribulados.

O quadro da Virgem Maria, obra-prima de Scipione Pulzone, a pintura , que tem 54cm de altura sobre 42cm de largura, foi colocada no oratório situado no primeiro andar do Convento de São Carlos. O quadro célebre foi  exposto à veneração pública em Roma em 1659 o Papa Alexandre VII.

A devoção a Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, começou a ser divulgada no Brasil, em agosto de 1903 com a chegada dos Padres Barnabitas” ( LECOURIEX,  Paulo Maria. A Providência de Maria)


“Convictas de que um carinho seguro para chegar a Cristo é a devoção a Santíssima Virgem Maria, rezemos todos os dias, possivelmente em comum, o Terço e, nos tempos a ela dedicados, particularmente na solenidade da Assunção, façamos outras piedosas praticas, como indica nosso livro de Orações.
O Anjo do Senhor, recitado pela manhã, ao meio dia e à noite, nos faça meditar sobre a disponibilidade de Maria, intimamente associada à obra redentora de seu Filho.
Alimentemos a devoção a Nossa Senhora Mãe da Divina Providência e celebremos a sua festa, com amor filial, no sábado que precede o terceiro domingo do mês de novembro.” ( Diret. Geral Art. 46)

Oração a Nossa Senhora Mãe da Divina Providência
Virgem Imaculada da divina Providência, prostradas aos vossos pés, rogamos com a confiança de filhas prediletas e pedimos a graça de um particular auxílio. Ó nossa Mãe, Maria Santíssima, vede em quantas necessidades nos achamos, tanto espirituais como temporais! Ó vinde depressa, querida Mãe, e mostrai a todos que nos socorreis e consolais! Amém!
Mãe da Divina Providência, rogai por nós!

fonte: http://www.beneditinasdp.org.br/devocoes.php

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A devoção a Nossa Senhora, com o título de Mãe da Divina Providência começou, verdadeiramente, lá pelo início do século XVII. Conta a História que nessa época havia duas casas em Roma, pertencentes aos padres Barnabitas. Uma, na Praça Colonna, dedicada a São Paulo, e a outra, na Praça Catinara. Atendendo a uma ordem do Papa Alexandre VII, que desejava ampliar a Praça Colonna, a igreja de São Paulo deveria ser demolida. Preocupados com um belo afresco de Maria, existente na igreja, os padres pediram ao arquiteto responsável pela demolição que preservasse o afresco, transportando-o com cuidado para a nova residência. Muito comuns na Itália, os afrescos são grandes quadros murais, pintados sobre gesso, ou argamassa. Grandes Mestres da arte medieval, renascentista e barroca utilizaram essa técnica, como Michelângelo e Rafael, por exemplo. Apesar do cuidado, o afresco foi destruído ao ser transportado para seu lugar definitivo. O arquiteto, tentando compensar a tristeza dos padres pela perda do imenso quadro, doou uma obra do pintor Scipione Pulzone, que pertencia a seu acervo. Tratava-se de um quadro de Maria, segurando nos braços um menino. Mal sabia ele o imenso tesouro espiritual que trazia aquele pequeno quadro, medindo apenas 54 x 42 cm. Inicialmente, o quadro fora colocado na capela interna dos padres, na nova casa. Aquela imagem de Maria ainda não tinha um nome.

O quadro de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, venerado numa capela da Igreja de São Carlos ai Catinari, em Roma, é uma tela a óleo de Scipione Pulzone, pintor renascentista da Escola de Rafael e que viveu no século XVI, entre 1550 e 1598. Representa a Virgem Maria, trazendo em seus braços um menino, que seria Jesus. Mas, observe que, diferente de Maria, o menino que ela segura nos braços não possui a auréola na cabeça, símbolo de santidade. Será que o artista quis, intencionalmente, dizer que ali está a humanidade, pela qual Maria intercede junto à Divina Providência? Pulzone era essencialmente religioso e sua alma de artista e de homem santo conseguiu retratar em sua obra um momento de êxtase da ternura maternal. Ao pintar o quadro, destinado a uma família romana, jamais imaginou que se tornaria objeto de tamanha devoção dos cristãos.

Então, é Maria que intercede à Divina Providência pelas nossas necessidades e nos leva em seus braços.

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