quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Nossa Senhora da Penha


Como tudo começou:

Quando os portugueses entraram na Baía de Guanabara, ficaram impressionados com sua beleza natural. Até hoje a cidade do Rio de Janeiro é chamada de “Cidade Maravilhosa”.

A Penha não foge à regra. Os visitantes do Santuário ficam maravilhados com a paisagem que podem contemplar do lugar que Nossa Senhora escolheu para derramar suas bênçãos de Mãe sobre os moradores do Rio e todos aqueles que visitam o seu Santuário.

A devoção à Santíssima Virgem sob o título de Nossa Senhora da Penha de França começou no século XV na Europa. Conta o Pe. Colunga em seu livro “Nuestra Señora de Peña de Francia”, que o peregrino francês Simão Vela, em 19 de maio de 1434, descobriu em Penha de França monte situado na serra do mesmo nome, na província de Salamanca a imagem de Nossa Senhora, tão importante para a cristandade.

Há uma tradição popular que diz ter sido o peregrino Simão Vela, recolhido num convento franciscano na aldeia de Puy e que ouvia sempre, em seus êxtases, uma voz que lhe dizia: “Simão, vela e não durmas” o qual passou a ter o sobrenome com que se tornou conhecido: Simão Vela.
Simão partiu e depois de cinco anos, descobriu a imagem que fora deixada por soldados franceses ao se esconderem naquele monte quando combatiam contra os muçulmanos.

Conta-se que o primeiro milagre ocorreu no local onde foi encontrada a imagem, quando um grupo de fugitivos foi perseguido por bandoleiros. Depois de terem invocado Nossa Senhora da Penha, viram-se livres de seus inimigos. Esse fato tornou-se muito conhecido e espalhou-se rapidamente. Seu eco atravessou a fronteira chegando até Guimarães, cidade do Minho (Portugal), onde a imagem passou a ser venerada. O próprio rei de Portugal, Dom Sebastião tendo alcançado a cura de uma grave doença por intermédio de Nossa Senhora da Penha, mandou erguer uma igreja em seu louvor, na cidade de Lisboa, em sinal de gratidão e devoção à Mãe de Deus e nossa. Hoje é uma das grandes paróquias da capital portuguesa.

 No Brasil, consta, em fontes diversas, que a primeira ermida em louvor a Nossa Senhora da Penha foi erguida em Vila Velha, antiga capitania do Espírito Santo, entre os anos de 1558 e 1570, por Frei Pedro Palácios, natural da Espanha, irmão leigo da Ordem dos Franciscanos, que era grande devoto de Nossa Senhora.

A segunda ermida surgiu após a fundação da Fazenda Grande ou de Nossa Senhora da Ajuda, na freguesia de Irajá, no Rio de Janeiro. Tudo começou no início do século XVII, por volta do ano de 1635, quando o Capitão Baltazar de Abreu Cardoso ia subindo o Penhasco (grande pedra) para ver as suas plantações, uma vez que era proprietário de toda a área no entorno do atual Santuário. De repente foi atacado por uma enorme serpente. Baltazar, que era devoto de Nossa Senhora, quando se viu só e incapaz de se defender, pediu socorro a Nossa Senhora gritando: “Minha Nossa Senhora, valei-me!”. Nesse preciso momento surgiu um lagarto inimigo das serpentes, e travou-se uma luta mortífera entre os dois animais. Baltazar por sua vez, não perdeu tempo e fugiu.

Depois de se recuperar do susto, Baltazar reconheceu que o lagarto apareceu precisamente no momento em que ele pediu a proteção da Virgem Maria. Agradecido, por tão importante gesto maternal, Baltazar construiu uma pequena capela onde pôs uma imagem de Nossa Senhora. Se antes o Capitão Baltazar subia o penhasco para ver as suas plantações, a partir daí passou a subir também para agradecer tão primoroso gesto de carinho que a Mãe do Céu teve para com ele. Assim como ele, também os seus parentes, amigos e vizinhos e até mesmo pessoas curiosas, que à distância viam a pequena capela, passaram a subir a grande pedra (daí vem a palavra Penha) uns para pedir e outros para agradecer graças alcançadas por intercessão da Senhora do alto do Penhasco – Penha. De tanto as pessoas dizerem: vamos à Penha visitar Nossa Senhora, passaram a dizer: vamos visitar Nossa Senhora da Penha.

A devoção à Nossa Senhora da Penha foi se espalhando e cada vez era maior o número de pessoas que visitavam este lugar sagrado e encantador. Umas para pedir e outras para agradecer a sua intercessão.

O capitão Baltazar doou todas as suas propriedades a Nossa Senhora da Penha, havia necessidade, porém, que alguém, com crédito, administrasse responsavelmente esse patrimônio. Foi criada então a Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Penha no ano de 1728 a qual com muito zelo e dedicação demoliu a primeira capela – muito pequena – e construiu outra, com uma torre onde foram colocados dois pequenos sinos.

Mais tarde, no ano de 1870, foi demolida esta capela e construído no seu lugar um novo templo: uma igreja com uma torre e novos sinos. Por volta do ano de 1900 houve uma nova intervenção. O templo foi ampliado, ganhando duas novas torres, nas quais, mais tarde, foi instalado um carrilhão com 25 sinos de origem portuguesa, adquiridos na Exposição Nacional do 1º Centenário da Independência do Brasil. Este Carrilhão foi inaugurado em 27 de setembro de 1925 com a bênção do então Núncio Apostólico no Brasil, Cardeal Dom Henrique Gasparri.

A Escadaria: 
No ano de 1817 subia a pedra um piedoso casal quando a esposa, Sra. Maria Barbosa, comentou com o marido que pediria à Nossa Senhora da Penha para interceder por eles para que Deus lhes concedesse um filho, já que estavam casados há alguns anos e não tinham filhos.

A Sra. Maria Barbosa confiou, pediu e prometeu que se tivesse um filho mandaria esculpir no duro granito do penhasco uma escadaria para facilitar o acesso dos devotos de Nossa Senhora da Penha ao Santuário. No ano seguinte o casal era presenteado com um lindo filho e no ano de 1819 a escadaria estava pronta. São 382 degraus talhados na própria pedra, mais ainda do que o número de dias do ano.

A Basílica hoje:
Colocado à entrada da cidade, com o sorriso de Mãe aos que chegam, quer pela Av. Brasil ou Linha Vermelha, quer pela Ponte Rio- Niterói ou mesmo pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Santuário de Nossa Senhora da Penha é, por excelência , o trono que Maria, Mãe de Deus, escolheu no Rio de Janeiro, para ser o centro de sua devoção entre nós. A esta Basílica acorrem milhares de peregrinos vindos de todo o Brasil e do exterior, para trazer-lhe os seus agradecimentos por graças alcançadas, ou pedir a sua intercessão. À medida que vamos subindo a colina sagrada, sentimos que o ambiente se torna mais religioso. São inúmeras as pessoas que sobem a escadaria rezando, sobretudo a oração do terço.
No dia 15 de junho de 1935, por decreto de Sua Santidade o Papa Pio XI, a Igreja de Nossa Senhora da Penha foi agregada à Sacrossanta e Patriarcal Basílica de Santa Maria Maior de Roma.
No dia 15 de setembro de 1966, o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, então Arcebispo do Rio de Janeiro, elevou o templo sagrado de Nossa Senhora da Penha à categoria de Santuário Perpétuo.
No dia 31 de maio de 1981, o Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales, atendendo aos desejos de Sua Santidade o Papa João Paulo II, elevou o Santuário de Nossa Senhora da Penha à categoria de Santuário Arquidiocesano Mariano.
No dia 16 de junho de 2016, o Papa Francisco, atendendo aos pedidos do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, elevou o Santuário Arquidiocesano Mariano de Nossa Senhora da Penha à categoria de Basílica Menor.

Melhoramentos: recentemente várias obras foram feitas para melhor receber os muitos(as) devotos(as) de Nossa Senhora da Penha. No pátio foram construídos novos banheiros; e uma Concha Acústica dotada de ótima estrutura para eventos culturais, numa área para 30 mil pessoas. O novo bondinho foi inaugurado em 2003, o qual tem capacidade para transportar a Basílica, com toda segurança, até 500 pessoas por hora.

http://www.basilicasantuariopenhario.org.br/#!historia/gfek0
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História de Nossa Senhora da Penha de França

Toda história teve o início por um monge francês, Simão Vela, que viu em seu sonho uma imagem de Nossa Senhora enterrada no pico de uma montanha. No meio de uma guerra entre franceses e muçulmanos, os católicos escondiam suas imagens com medo de serem destruídas. Em seu sonho a imagem era coberta de uma luz intensa e acenava para que ele fosse buscá-la. Durante 5 anos Simão procurou pela serra, mas não teve reposta. Certo dia, Simão recebeu uma informação em seus sonhos de que a serra chamava-se Penha de França, no norte da Espanha. E rapidamente, Simão foi para a serra.
Chegando lá, Simão viu que a serra era alta de difícil acesso e com rochas pontudas no pico. A serra Penha de França localizava-se na província de Salamanca, onde havia tido uma invasão dos mouros e uma luta contra, feita pelo Rei Carlos Magno. Simão subiu a serra caminhando três dias e três noites sem descanso. Ele agiu dessa forma por ter ouvido em seu sonho: “Simão, vela e não durma!” e por este fato o seu nome ficou conhecido por Simão Vela. Seguia muito cansado e vendo que não aguentaria, parou para descansar um pouco. Simão viu nesta hora, uma senhora bonita com o filho em seu colo, sentada perto dele. A senhora indicou a Simão por onde deveria ir para encontrar o que procurava.
Alguns pastores da região ajudou a Simão encontrar a imagem que tanto via em seus sonhos. Simão não se cabia em alegria em reconhecer a sua revelação divina. Assim, ele também reconheceu que aquela senhora que o mostrará onde encontraria a imagem, era Nossa Senhora com seu filho Jesus no colo. Foi construída por Simão uma capela bem rústica e simples naquele local e queria viver ali uma vida de monge e isolada. Mas não demorou muito e o pessoal começou a frequentar a capela, pois os já eram inúmeros os milagres intercedidos por Nossa Senhora da Penha, que era antes conhecida como Virgem Maria, mas passou a Nossa Senhora da Penha, por ter sido encontrada a imagem na Serra da Penha de França.
E jamais Simão Vela haveria de imaginar que seria construído o maior Santuário de Nossa Senhora da Penha. Algum tempo depois da capela ser frequentada por milhares de pessoas, uma peste epidemiológica afetou a Espanha, matando a maioria de seu povo. A população salva, suplicava a Nossa Senhora da Penha que acabasse com aquele sofrimento e inesperadamente a peste sumiu. Tempos depois, a peste se infiltra em Portugal, matando muitas pessoas. Sendo que Portugal faz divisa com a Espanha, o Senado da Câmara de Lisboa ficou sabendo e fez um pedido a Mãe de Deus que se desaparece a peste, mandariam construir um santuário grandioso em sua homenagem. E um milagre aconteceu, a peste acabou como que imediatamente no local.
O templo foi mandado construir pelo Senado, na Capital de Lisboa, em louvor a Nossa Senhora da Penha. E milhares de peregrinos foram atraídos no Santuário. Certo dia, um peregrino subiu até o topo de onde ficava o santuário e ali dormiu. Umas horas depois estava perto do homem uma enorme serpente pronto para picá-lo. Inexplicavelmente, um lagarto enorme aparece e pula em cima do homem. O homem assustado avistou a serpente, matando-a com um cajado. Em algumas imagens de Nossa Senhora da Penha, aparece em seus pés essa cena, do homem peregrino, a cobra e o lagarto.

Devoção e Representação de Nossa Senhora da Penha de França

Os colonizadores portugueses trouxeram ao Brasil a devoção a Nossa Senhora da Penha. Foi construída em vila Velha, na antiga Capitania do Espírito Santo, entre 1558 e 1570, a sua primeira capela. Frei Pedro Palácios, deu continuidade a construção, era um espanhol muito devoto a santa.  E em 1635, no Irajá, foi construída a Igreja da Penha. Hoje o local é reconhecido como Convento da Penha, pertencente aos franciscanos.
Em 1667 foi erguida, em São Paulo, uma capelinha em devoção a Nossa Senhora da Penha de França. Foi em volta dela e por ela que nasceu dos mais populosos e conhecidos bairros, a Penha. Hoje ainda está no lugar a antiga igreja matriz, a igreja velha e a igreja nova como é conhecida, a Basílica de Nossa Senhora da Penha. Normalmente, Nossa Senhora da Penha, é representada com o menino Jesus no colo, com uma coroa na cabeça, em seu manto há estrelas, que representam sua glória e possui muitas flores em sua volta, representando o lugar onde encontraram a imagem.
http://www.calendariobr.com.br/dia-de-nossa-senhora-da-penha-de-franca#.V7-H5ZgrKUk
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ORIGEM DA INVOCAÇÃO "NOSSA SENHORA DA PENHA"
Segundo um anuário mariano: Nas fraldas verdejantes dos Pirineus, na França, nas vizinhanças de Pau, às margens do Gave, sobre uma branca e escarpada montanha coberta de vegetação, em época remota, encostado à uma enorme penha (rocha), pastoreava seu rebanho um pegureiro de nome Simão Pedro, devotíssimo de Maria, o qual, descuidado adormecera. Um faminto crocodilo, saindo das margens verdejantes, avança rapidamente de boca aberta, em direção ao pobre pastorzinho e está prestes a tragá-lo quando, de repente aparece nos ares, resplandecente como a aurora Maria Santíssima, que, sustentando com a esquerda o Menino-Deus, empunha o cetro em ato de intimar ao feroz anfíbio. Este recuou imediatamente, deixando incolume o pastorlnho.

A notícia do fato prodigioso, espalhou-se rapidamente e, no lugar, santificado pela aparição da Virgem, foi edificada uma igreja, que ainda hoje é centro de numerosas romarias de fiéis devotos, com a invocação de "Nossa Senhora da Penha", no intuito de perpetuara memória da prodigiosa manifestação da Rainha do Céu naqueles despenhadeiros íngremes e inacessíveis.
Eis, pois, a origem do título de "Senhora da Penha", que se propagou na França, em Portugal e no Brasil.

ORIGEM DA DEVOÇÃO À N. SENHORA DA PENHA
O crocodilo, sendo um réptil dos dois continentes, existiu em épocas assaz remotas na França, onde depois ficou totalmente extinto.
Não se pode razoavelmente duvidar da autenticidade do fato, pois ainda hoje, os piedosos habitantes da cidade de Pau, atribuem unicamente a origem do título"Senhora da Penha" à histórica aparição milagrosa acima descrita, baseada, como é natural, na tradição ininterrupta dos seu antepassados. Indiscutivelmente, foram os franceses que iniciaram a devoção à Nossa Senhora da Penha; eis que, soldados franceses levaram uma imagem dela para a Espanha, durante uma guerra, e a depositam sobre um penhasco, ficando assim conhecida por Nossa Senhora da Penha, por causa de sua origem.
Diz um boletim religioso: "Por certo, entre tantos títulos de que goza Nossa Senhora, um dos mais conhecidos e divulgados no Brasil é sem dúvida o de Nossa Senhora da Penha Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas, Niterói, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, possuem seus templos em honra de Nossa Senhora da Penha”.
Em nossa Penha de França, no tópo da colina tão familiar aos olhos dos paulistanos e da qual se descortina grande parte da Metrópole Bandeirante ergue-se o Santuário objeto deste capitulo, cujas características apontam-no como um dos mais movimentados da Capital de São Paulo, mormente na altura da concatenação destes escritos (1968).


SUA HISTÓRIA
História assaz conhecida é aquela que a tradição popular divulga relativamente a um viajante de origem francesa, que fazendo o trajeto de São Paulo ao Rio de Janeiro, aliás ligação então única entre as duas cidades, por duas vezes viu-se obrigado a retroceder, à procura de uma imagem de Nossa Senhora da Penha e da qual era muito devoto e os acompanhava desde de sua partida da França. A imagem, por duas vezes, teimosamente, sumira dos pertences de nosso viajante, vindo a encontrá-la no alto de uma colina, onde hoje se acha o Santuário de Nossa Senhora da Penha.
O viajante viu naquele fato em duas seqüências, que a imagem ali desejava ficar, e para tanto foi construÍda uma modesta ermida para abrigar a referida imagem. Nuto Sant´Anna, um de nossos festejados historiadores, discorrendo sobre o passado de Nossa Senhora da Penha, diz que "não obstante nada de positivo ter se encontrado sobre sua fundação, pode-se asseverar que teve começo na segunda metade do século XVII" citando aquele historiador, ademais, petição de grande importância, em que o licenciado Mateus Nunes de Siqueira , obteve uma sesmaria do capitão-mor Agostinho de Figueiredo, a 5 de setembro de 1668.
Nuto Sant´Anna cita também um documento antigo "que no ano de 1682 era proprietário e protetor da "Senhora da Penha de França", o padre Jacinto Nuries, filho ou irmão do licenciado Mateus Nunes de Siqueira, que a dotou com bens de raízes, como conta de seu testamento aberto em fevereiro de 1684. Desta maneira ,subentende-se, analizando-se os números e os fatos, que a devoção à Nossa Senhora da Penha data de 1667.
Leonardo Al Toyo, outro historiador de bastante conceito, discorrendo sobre a igreja da Penha, diz que sua imagem contava com tanta popularidade, de que romeiros de todas as partes procuravam-na.

NOSSA SENHORA DA PENHA: PADROEIRA POR FÉ E POR ANTECIPAÇÁO DA CIDADE DE SÁO PAULO
Não contamos a rigor com elementos para aqui apontar, através dos quais, declara-se ser Nossa Senhora da Penha considerada como Padroeira da cidade de São Paulo. Parece-nos que a origem desse título se prende ao fato de Nossa Senhora da Penha ter sido sempre invocada nas épocas de epidemia e também nas secas prolongadas e quando tais anomalias se tomavam mais profundas a imagem era trasladada de seu Santuário e procissionalmente, levada à cidade onde o povo ia orar pela abreviação e término daqueles males.


HINO DE NOSSA SENHORA DA PENHA
O hino dedicado à Nossa Senhora da Penha é de uma suavidade a toda prova, tanto nas suas palavras como na sua melodia. Parece-nos que ao entoá-lo, nossa alma sente-se presa às coisas do céu, ao mesmo tempo que contemplando a imagem, temo a impressão de que ela nos acena repetidas vezes, como que abrindo seu manto, convidando-nos a que nele nos abriguemos.
A letra do hino dedicado à Nossa Senhora da Penha, está assim concatenada:
"Salve, ó Virgem de céu pura rosa, Caso lírio de níveo candor;
Dos mortais és a Mãe carinhosa, Nosso encanto, doçura e amor!
Mãe da Penha, esses teus olhos
A nós volve, teus devotos; Somos filhos,
os nossos votos Ouve, Mãe do Redentor (bis).
Com a alma confiante, Senhora ao calor maternal de Seu manto;
Nós viemos pedir, nesta hora, Teu carinho, e sentir teu encanto!
Ó Rainha, Senhora da Penha,
Ao aflito, oh! volve um olhar;
O doente o conforto aqui tenha
Tua bênção acompanhe-o ao lar!

DEVOTOS E PEREGRINOS
Nossa Senhora da Penha contou sempre com um número sem conta de devotos e quer nos parecer que, nesse sentido, Ela é somente "sobrepujada", no plano devoção e também no plano de romarias aos seus santuários, no que se refere ao título "Nossa Senhora Aparecida", talvez pela condição desta ser a Padroeira do Brasil e conseqüentemente invocada, em "nível nacional, por todos os brasileiros. Múltiplas foram e continuam sendo as romarias (ano-base: 1968) realizadas da Cidade à Penha, à pé, notadamente aqueles que contavam com o patrocínio da Federação dos Círculos Operários do Estado de São Paulo, de preferência e também por tradição, no dia 1.0 de maio de cada ano, congregando centenas de trabalhadores filiados aos Círculos Operários.
No plano individual, muitos foram os devotos, como ainda ocorre nos dias presentes, que em cumprimento de promessa, do centro da cidade, rezando piedosamente se terço, a pé, rumavam ao velho Santuário da Virgem da Penha. Com o referido templo devidamente reformado, é consolador o número de devotos que dia após dia adentram-no cheios de fé e marianismo, solicitando e agradecendo favores visitando a Exposição Fotográfica instalada no recinto da velha igreja e onde nela se consolam contemplando fotos dos sacerdotes redentoristas, que passaram pela Penha de França, religiosas vicentinas e aspectos, no decorrer dos anos, daquele Santuário, além de fotos de componentes das irmandades religiosas da Paróquia de N .S. da Penha.
No livro "São Paulo Naquele Tempo" - 1895- 1915 - de Jorge Americano, escrevendo sobre cumprimento de promessa, assim se manifesta aquele historiador: “...gente que prometia ir da cidade á Penha, carregando uma pedra na cabeça. Os menos confiantes em suas forças, apenas prometiam carregar a pedra acompanhando a procissão".
Havia quantidade que prometia levar ao Santuário a "sua medida". Compravam uma fita com a medida exata de sua altura e iam pendurá-la na Igreja. Outros ofereciam velas de cera do seu tamanho, Havia meninas em favor de quem os pais prometiam que até casarem só vestiriam de azul e branco, como Nossa Senhora".
Há quem diga que as avenidas Rangel Pestana e Celso Garcia foram abertas devido á grande afluência de romeiros e devotos ao bairro da Penha, em procura do Santuário famoso da Virgem de igual nome.
Segundo "História das Bandeiras Paulistas" , de Afonso de Taunay, "o primeiro ouro de Goiás, provindo dos celebrados Martírios, trazidos pelo não menos célebre e atrevido bandeirante Manuel de Campo Bicudo foi ofertado por Nossa Senhora da Penha da cidade de São Paulo e lhe puseram no braço uma dessas folhetas com o peso de três oitavas que há pouco tempo se desfez por um resplendor do Menino Deus... Isso acontecia aí por 1673.
O Santuário de Nossa Senhora da Penha foi e continua sendo procurado por grande número de devotos. Batizados, comunhões, casamentos, assistência à missa, novenas e etc. ora realizados na Basíli ca nova de Nossa Senhora da Penha, vêm contando com avultadíssimo número de visitantes e segundo estatísticas divulgadas de caráter oficial, para não citar anos posteriores, entre, 1922 e 1927, a Paróquia da Penha, dentro da arquidiocese, ocupava o primeiro lugar com o maior número de batizados e 10% em maior número de casamentos.
No mês de Setembro, mês das festas da Penha, o Santuário regorgita de devotos das mais variadas procedências, dos mais distantes lugares de São Paulo, inclusive do Brasil.
Sempre foi tanta a devoção para com Nossa Senhora da, Penha que muitos foram os votos que ainda em vida diversas pessoas faziam, para serem sepultadas, após sua morte junto ao famoso Santuário, na Penha de França.
Conforme pesquisa realizada por Leonardo AlToyo há gente sepultada no Santuário de N.S. da Penha, e isso ocorreu nos anos , de 1679 (Maria da Costa) 1680 (Henrique da Cunha Machado) 1685 (Mariana Maciel) e outras mais, embora seja sabido que, nos primeiros tempos, os campos santos situavam-se bem junto ás igrejas.

NOVENAS E PROCISSÕES TRADICIONAIS
Os pontos culminantes da festas de Nossa Senhora da Penha, na parte religiosa, eram e continuam sendo as novenas e procissões, estas naturalmente contando com maior número de presenças - Via de regra - duas têm sido, por tradição as procissões: uma no domingo, em que se finda a novena e outra no dia 8, Dia de Nossa Senhora da Penha.
Muitos são os devotos que assistem à novena com a maior contrição e espírito de fé; sem faltar um dia sequer”.
As procissões, Indescritíveis pelo comparecimento de milhares de devotos e de anjinhos, continuam sendo espetáculos, mostrando com eloqüência o quanto é enorme à devoção à Virgem da Penha e como tál devoção encontra forca e absoluta acolhida no coração dos paulistanos.

fonte:http://www.acaojose.com.br/display_pinfo.asp?id=4595&categ=PasCom%20Informa&sessao=Not%EDcias

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