quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Nossa Senhora da Apresentação - 21 novembro

O dia da Padroeira de Natal, Nossa Senhora da Apresentação, comemorado no dia 21 de Novembro tem um significado especial para os católicos, que vão à Pedra do Rosário para externar o agradecimento pela santa proteção.
Conta a tradição, que pescadores estavam pescando no Rio Potengi na manhã de 21 de novembro de 1753, quando lançaram a rede e ao puxá-la, encontraram um caixote que estava encalhado numa pedra.
Os pescadores pararam a embarcação em uma pedra, hoje chamada de Pedra do Rosário, para vê o que continha dentro do caixote.
Ao abrir, encontraram uma imagem da mãe de Jesus com um menino no colo e a outra mão estendida, aparentando sustentar alguma coisa. Logo, deduziram que fosse um rosário. Junto à imagem veio uma mensagem: “Onde está imagem parar, nenhuma desgraça acontecerá”.
O vigário da Paróquia naquela época, o padre Manoel Correia Gomes, informado sobre a descoberta, foi ao local e levou a imagem para a Matriz, sabendo que se tratava de uma imagem de Nossa Senhora do Rosário.
Porém, a padroeira da cidade ficou conhecida por Nossa Senhora da Apresentação, porque no calendário litúrgico da Igreja Católica, o dia 21 de novembro, é o dia em que se festeja a apresentação da Mãe de Jesus no Templo, quando tinha cerca de 12 anos de idade, por esse motivo deram o nome a padroeira de Nossa Senhora da Apresentação.
A festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo foi instituída no ano de 1571. A importância da fé em Nossa Senhora, “a missão da Virgem Maria é uma missão eclesial muito forte. Ela como mãe de Jesus Cristo, é a mãe da Igreja, a mãe do povo de Deus, por isso devemos ter esse amor, veneração pela Virgem Maria, que á a mãe de todas as mães, a rainha da Família como proclamou o Papa João Paulo II”
“Essa devoção é fundamental, porque Maria manda que a gente observe o que Cristo nos manda. A última palavra dela registrada na Bíblia foi: “Fazei tudo o que Ele nos disser”, foi nas Bodas de Caná, em uma festa de casamento. E Cristo nos diz para amar uns aos outros, anunciar o evangelho, Ela nos pede que cumpramos o Evangelho. Daí a importância da presença dela no povo cristão, na nossa cultura”

Nossa Senhora da Apresentação – Instituição

Tudo que sabemos da apresentação de Nossa Senhora no templo, sabemo-lo por lendas e informações extra-bíblicas (principalmente pelo proto-Evangelho de Tiago), o que não quer dizer que o assunto da festa careça de probabilidade histórica. Segundo uma piedosa lenda, Maria Santíssima, tendo apenas três anos de idade, foi pelos pais, em cumprimento de uma promessa, levada ao templo, para ali, com outras meninas, receber educação adequada à sua idade e posição. A Igreja oriental distinguiu este fato com as honras de uma festa litúrgica. A Igreja ocidental conhece a comemoração da Apresentação de Nossa Senhora desde o século VIII. Estabelecida primeiramente pelo Papa Gregório XI, em 1372, só para a corte papal, em Avignon, em 1585, Sixto V ordenou que fosse celebrada em toda a Igreja.

A Apresentação de Nossa Senhora encerra dois sacrifícios: A dos pais e da menina Maria. Diz a lenda que Joaquim e Ana ofereceram a Deus a filhinha no templo, quando esta tinha três anos. Sem dúvida, foi para estas santas pessoas um sacrifício muito grande separar-se da filhinha que se achava numa idade em que há pais que queiram confiar os filhos a mãos estranhas. Três anos é a idade em que a criança já recompensa de algum modo os trabalhos e sacrifícios dos pais, formulando palavras e fazendo já exercícios mentais que encantam e divertem, dando ao mesmo tempo provas de gratidão e amor filiais. São Joaquim e Santa Ana não teriam experimentado o sacrifício em toda a sua amargura? O coração dos amorosos pais não teria sentido a dor da separação? Que foi que os levou a fazer tal sacrifício? A lenda fala de um voto que tinham feito. Votos desta natureza não eram raros no Antigo testamento. As crianças eram educadas em colégios anexos ao templo, e ajudavam nos múltiplos serviços e funções da casa de Deus. Não erramos em supor que Joaquim e Ana, quando levaram a filhinha ao templo, fizeram-no por inspiração sobrenatural, querendo Deus que sua futura esposa e mãe recebesse uma educação e instrução esmeradíssima.
Grande era o sacrifício de Maria. Não resta dúvida que para Maria, a criança entre todas as mais privilegiada, a cerimônia da apresentação significava mais que a entrada no colégio do templo. Maria reconhecia em tudo uma solene consagração da vida a Deus, a oferta de si mesma ao Supremo Senhor. O sacrifício que oferecia, era a oferta das primícias, e as primícias, por mais insignificantes que sejam, são preciosas por serem uma demonstração da generosidade do ofertante, e uma homenagem a quem as recebe. Maria ofereceu-se sem reserva, para sempre, com contentamento e júbilo. O que o salmista cantou, cheio de entusiasmo, traduziu-se na alma da bem-aventurada menina: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor” . E entrarei junto ao altar de Deus; do Deus que alegra a minha mocidade.
Que espírito, tanto nos santos pais como na santa menina! Que espetáculo para o céu e para os homens! O que encanta a Deus e lhe atrai a graça, em toda a plenitude edifica e enleva a todos que se ocupam deste mistério na vida de Nossa Senhora. Poderá haver coisa mais bela que a piedade, o desprendimento completo no serviço do Senhor?
A vida de Maria Santíssima no templo foi a mais santa, a mais perfeita que se pode imaginar. O templo era a casa de Deus e na proximidade de Deus se sentia bem a bela alma em flor. “O passarinho acha casa para si e a rôla ninho nos altares do Senhor dos Exércitos, onde um dia é melhor que mil nas tendas dos pecadores” . Santo era o lugar onde Maria vivia. Era o templo onde os antepassados tinham feito orações, celebrado as festas; era o templo onde se achava o santuário do Antigo testamento, a arca, o trono de Deus no meio do povo; era o templo afinal, de que as profecias diziam que o Messias nele devia fazer entrada.
Naquele templo a menina Maria rezava e se preparava para a grande missão que Deus lhe tinha reservado. “Como os olhos da serva nas mãos da Senhora, assim os olhos de Maria estavam fitos no Senhor seu Deus”. Segundo uma revelação com que Maria agraciou a Santa Isabel de Turíngia todas as orações feitas naquele tempo se lhe resumiram no seguinte: 1) alcançar as virtudes da humildade, paciência e caridade; 2) conseguir amar e odiar tudo que a Deus tem amor ou ódio; 3) amar o próximo e tudo que lhe é caro; 4) a conservação da nação e do templo, a paz e a plenitude das graças de Deus e 5) finalmente ver o Messias e poder servir a sua santa Mãe.
Maria era o modelo de obediência, amor e respeito para com os superiores de caridade e amabilidade para com as companheiras. Tinha o coração alheio à antipatia, à rixa, ao azedume e ao amor próprio. Maria era uma menina humilde, despretensiosa e amante do trabalho. Com afã lia e estudava os Santos Livros.
Como as meninas do Colégio do templo se ocupavam de outros trabalhos concernentes ao serviço santo, é provável que Maria tenha recebido instruções sobre diversos trabalhos, como fossem: Pintura, trabalhos de agulha, canto e música. É opinião de muitos que o grande véu do templo, que na hora da morte de Jesus se partiu de alto a baixo, tenha sido confeccionado por Maria Santíssima e as companheiras.
Assim foi santíssima a vida de Maria no templo. O Divino Espírito Santo lapidou o coração e o espírito da esposa, mais do que qualquer outra criatura. Maria poderia aplicar a si as palavras contidas no Eclesiástico: “Quando ainda era pequena, procurei a sabedoria na oração. Na entrada do templo instava por ela… Ela floresceu como uma nova temporã. Meu coração nela se alegrou e desde a mocidade procurei seguir-lhe o rastro”.

É de admirar que Maria, assim amparada pelos cuidados humanos e divinos, progredisse de virtude em virtude? De Nosso Senhor o Evangelho constata diversas vezes esta circunstância. Como Jesus, também Maria cresceu em graça e sabedoria diante de Deus e dos homens. Este crescimento a Igreja contempla-o em imagens grandiosas traçadas no Livro do Eclesiástico: “Sou exaltada qual cedro no Líbano, e qual cipreste no monte Sião. Sou exaltada qual palma em Cedes e como rosais em Jericó. Qual oliveira especiosa nos campos e qual plátano, sou exaltada junto da água nas praças. Assim como o cinamomo e o bálsamo que difundem cheiro, exalei fragrância; como a mirra escolhida derramei odor de suavidade na minha habitação; como uma vide, lancei flores| de um agradável perfume e as minhas flores são frutos de honra e de honestidade”. Nunca houve mocidade tão santa e esplendorosa como a de Maria Santíssima. Outra não poderia ser, devendo Maria preparar-se para a realização do mistério dos mistérios; da Encarnação do Verbo Eterno.
REFLEXÕES
A festa da Apresentação de Nossa Senhora encerra belos ensinamentos para a família cristã, para pais e filhos. Que modelo mais perfeito pais cristãos poderiam procurar, que Joaquim e Ana? Que exemplo de verdadeiro amor de Deus eles nos dão! Os pais não devem sacrificar os filhos ao egoísmo e às paixões, mas a Deus, que lhos deu. Como Joaquim e Ana devem estar prontos a oferecer os filhos, quando Deus os chamar para o seu serviço. Todos nós, vemos em Maria o exemplo que devemos imitar, se queremos que nossa vida seja agradável a Deus. Oração, pureza de coração e trabalho – eis os capítulos principais da vida cristã.
https://virgemimaculada.wordpress.com/2011/11/13/nossa-senhora-da-apresentacao/
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Nossa Senhora da Apresentação
Comemoração litúrgica - 21 de novembro. Também nesta data: Santos Gelásio I, Alberto de Lovaina e Celso

Tudo que sabemos da apresentação de Nossa Senhora no templo, sabemo-lo por lendas e informações extra-bíblicas (principalmente pelo proto-Evangelho de Tiago), o que não quer dizer que o assunto da festa careça de probabilidade histórica. Segundo uma piedosa lenda, Maria Santíssima, tendo apenas três anos de idade, foi pelos pais, em cumprimento de uma promessa, levada ao templo, para ali, com outras meninas, receber educação adequada à sua idade e posição. 

A Igreja oriental distinguiu este fato com as honras de uma festa litúrgica. A Igreja ocidental conhece a comemoração da Apresentação de Nossa Senhora desde o século VIII. Estabelecida primeiramente pelo Papa Gregório XI, em 1372, só para a corte papal, em Avignon, em 1585, Sixto V ordenou que fosse celebrada em toda a Igreja.

A Apresentação de Nossa Senhora encerra dois sacrifícios: A dos pais e da menina Maria. Diz a lenda que Joaquim e Ana ofereceram a Deus a filhinha no templo, quando esta tinha três anos. 

Sem dúvida, foi para estas santas pessoas um sacrifício muito grande separar-se da filhinha que se achava numa idade em que há pais que queiram confiar os filhos a mãos estranhas. Três anos é a idade em que a criança já recompensa de algum modo os trabalhos e sacrifícios dos pais, formulando palavras e fazendo já exercícios mentais que encantam e divertem, dando ao mesmo tempo provas de gratidão e amor filiais. São Joaquim e Santa Ana não teriam experimentado o sacrifício em toda a sua amargura? O coração dos amorosos pais não teria sentido a dor da separação? Que foi que os levou a fazer tal sacrifício? A lenda fala de um voto que tinham feito. Votos desta natureza não eram raros no Antigo testamento. As crianças eram educadas em colégios anexos ao templo, e ajudavam nos múltiplos serviços e funções da casa de Deus. Não erramos em supor que Joaquim e Ana, quando levaram a filhinha ao templo, fizeram-no por inspiração sobrenatural, querendo Deus que sua futura esposa e mãe recebesse uma educação e instrução esmeradíssima.

Grande era o sacrifício de Maria. Não resta dúvida que para Maria, a criança entre todas as mais privilegiada, a cerimônia da apresentação significava mais que a entrada no colégio do templo. Maria reconhecia em tudo uma solene consagração da vida a Deus, a oferta de si mesma ao Supremo Senhor. O sacrifício que oferecia, era a oferta das primícias, e as primícias, por mais insignificantes que sejam, são preciosas por serem uma demonstração da generosidade do ofertante, e uma homenagem a quem as recebe. Maria ofereceu-se sem reserva, para sempre, com contentamento e júbilo. O que o salmista cantou, cheio de entusiasmo, traduziu-se na alma da bem-aventurada menina:  “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor” . E entrarei junto ao altar de Deus; do Deus que alegra a minha mocidade.

Que espírito, tanto nos santos pais como na santa menina! Que espetáculo para o céu e para os homens! O que encanta a Deus e lhe atrai a graça, em toda a plenitude edifica e enleva a todos que se ocupam deste mistério na vida de Nossa Senhora. Poderá haver coisa mais bela que a piedade, o desprendimento completo no serviço do Senhor?

A vida de Maria Santíssima no templo foi a mais santa, a mais perfeita que se pode imaginar. O templo era a casa de Deus e na proximidade de Deus se sentia bem a bela alma em flor. “O passarinho acha casa para si e a rôla ninho nos altares do Senhor dos Exércitos, onde um dia é melhor que mil nas tendas dos pecadores” . Santo era o lugar onde Maria vivia. Era o templo onde os antepassados tinham feito orações, celebrado as festas; era o templo onde se achava o santuário do Antigo testamento, a arca, o trono de Deus no meio do povo; era o templo afinal, de que as profecias diziam que o Messias nele devia fazer entrada.

Naquele templo a menina Maria rezava e se preparava para a grande missão que Deus lhe tinha reservado. “Como os olhos da serva nas mãos da Senhora, assim os olhos de Maria estavam fitos no Senhor seu Deus”. Segundo uma revelação com que Maria agraciou a Santa Isabel de Turíngia todas as orações feitas naquele tempo se lhe resumiram no seguinte: 1) alcançar as virtudes da humildade, paciência e caridade; 2) conseguir amar e odiar tudo que a Deus tem amor ou ódio; 3) amar o próximo e tudo que lhe é caro; 4) a conservação da nação e do templo, a paz e a plenitude das graças de Deus e 5) finalmente ver o Messias e poder servir a sua santa Mãe.

Maria era o modelo de obediência, amor e respeito para com os superiores de caridade e amabilidade para com as companheiras. Tinha o coração alheio à antipatia, à rixa, ao azedume e ao amor próprio. Maria era uma menina humilde, despretensiosa e amante do trabalho. Com afã lia e estudava os Santos Livros.

Como as meninas do Colégio do templo se ocupavam de outros trabalhos concernentes ao serviço santo, é provável que Maria tenha recebido instruções sobre diversos trabalhos, como fossem: Pintura, trabalhos de agulha, canto e música. É opinião de muitos que o grande véu do templo, que na hora da morte de Jesus se partiu de alto a baixo, tenha sido confeccionado por Maria Santíssima e as companheiras. 

Assim foi santíssima a vida de Maria no templo. O Divino Espírito Santo lapidou o coração e o espírito da esposa, mais do que qualquer outra criatura. Maria poderia aplicar a si as palavras contidas no Eclesiástico: “Quando ainda era pequena, procurei a sabedoria na oração. Na entrada do templo instava por ela... Ela floresceu como uma nova temporã. Meu coração nela se alegrou e desde a mocidade procurei seguir-lhe o rastro”.

É de admirar que Maria, assim amparada pelos cuidados humanos e divinos, progredisse de virtude em virtude? De Nosso Senhor o Evangelho constata diversas vezes esta circunstância. Como Jesus, também Maria cresceu em graça e sabedoria diante de Deus e dos homens. Este crescimento a Igreja contempla-o em imagens grandiosas traçadas no Livro do Eclesiástico: “Sou exaltada qual cedro no Líbano, e qual cipreste no monte Sião. Sou exaltada qual palma em Cedes e como rosais em Jericó. Qual oliveira especiosa nos campos e qual plátano, sou exaltada junto da água nas praças. Assim como o cinamomo e o bálsamo que difundem cheiro, exalei fragrância; como a mirra escolhida derramei odor de suavidade na minha habitação; como uma vide, lancei flores| de um agradável perfume e as minhas flores são frutos de honra e de honestidade”. Nunca houve mocidade tão santa e esplendorosa como a de Maria Santíssima. Outra não poderia ser, devendo Maria preparar-se para a realização do mistério dos mistérios; da Encarnação do Verbo Eterno. 

REFLEXÕES
A festa da Apresentação de Nossa Senhora encerra belos ensinamentos para a família cristã, para pais e filhos. Que modelo mais perfeito pais cristãos poderiam procurar, que Joaquim e Ana? Que exemplo de verdadeiro amor de Deus eles nos dão! Os pais não devem sacrificar os filhos ao egoísmo e às paixões, mas a Deus, que lhos deu. Como Joaquim e Ana devem estar prontos a oferecer os filhos, quando Deus os chamar para o seu serviço. Todos nós, vemos em Maria o exemplo que devemos imitar, se queremos que nossa vida seja agradável a Deus. Oração, pureza de coração e trabalho – eis os capítulos principais da vida cristã. 
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História de Nossa Senhora da Apresentação
A memória da apresentação da Virgem Maria é celebrada no dia 21 de novembro, quando se comemora um dos momentos sagrados da vida da Mãe de Deus, sua apresentação no Templo por seus pais Joaquim e Ana. Nenhum livro da Sagrada Escritura relata este acontecimento, sendo fartamente tratado nas escrituras apócrifas, que não são reconhecidas como inspiradas. Segundo esses apócrifos, a apresentação de Maria foi muito solene. Tanto no momento de sua oferta como durante o tempo de sua permanência no Templo verificaram-se alguns fatos prodigiosos: Maria, conforme a promessa feita pelos seus pais, foi conduzida ao Templo aos três anos, acompanhada por um grande número de meninas hebréias que seguravam tochas acesas, com a presença de autoridades de Jerusalém e entre cantos angélicos.

Para subir ao Templo havia 15 degraus, que Maria subiu sozinha, embora fosse tão pequena. Os apócrifos dizem ainda que Maria no Templo se alimentava com uma comida extraordinária trazida diretamente pelos anjos e que ela não residia com as outras meninas. Segundo a mesma tradição apócrifa ela teria ali permanecido doze anos, saindo apenas para desposar São José, pois durante este período havia perdido seus pais.
Na realidade a apresentação de Maria deve ter sido muito modesta e ao mesmo temo mais gloriosa. Foi de fato através deste serviço ao Senhor no Templo, que Maria preparou o seu corpo, mas sobretudo a sua alma, para receber o Filho de Deus, realizando em si mesma a palavra de Cristo:
“Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”. 
Na Igreja Oriental, a festa da Apresentação é celebrada desde o século VII, no dia 21 de novembro, aniversário da Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, em Jerusalém. Contudo , ela só foi estabelecida na Igreja Ocidental no século XIV pelo papa Gregório XI, a pedido do embaixador de Chipre junto à Santa Sé. A cidade de Avinhão, na França, residência dos papas naquela época, teve a glória de ser a primeira do Ocidente a celebrar a nova festividade em 1732.

Desde então este episódio da vida de Maria Santíssima começou a despertar o interesse dos cristãos e dos artistas, surgindo belíssimas pinturas sobre o tema da Apresentação.
Tudo que sabemos da apresentação de Nossa Senhora no templo, sabemo-lo por lendas e informações extra-bíblicas (principalmente pelo proto-Evangelho de Tiago), o que não quer dizer que o assunto da festa careça de probabilidade histórica. Segundo uma piedosa lenda, Maria Santíssima, tendo apenas três anos de idade, foi pelos pais, em cumprimento de uma promessa, levada ao templo, para ali, com outras meninas, receber educação adequada à sua idade e posição. A Igreja oriental distinguiu este fato com as honras de uma festa litúrgica. A Igreja ocidental conhece a comemoração da Apresentação de Nossa Senhora desde o século VIII. Estabelecida primeiramente pelo Papa Gregório XI, em 1372, só para a corte papal, em Avignon, em 1585, Sixto V ordenou que fosse celebrada em toda a Igreja.
História antiga:
A Apresentação de Nossa Senhora encerra dois sacrifícios: A dos pais e da menina Maria. Diz a lenda que Joaquim e Ana ofereceram a Deus a filhinha no templo, quando esta tinha três anos. Sem dúvida, foi para estas santas pessoas um sacrifício muito grande separar-se da filhinha que se achava numa idade em que há pais que queiram confiar os filhos a mãos estranhas. Três anos é a idade em que a criança já recompensa de algum modo os trabalhos e sacrifícios dos pais, formulando palavras e fazendo já exercícios mentais que encantam e divertem, dando ao mesmo tempo provas de gratidão e amor filiais. São Joaquim e Santa Ana não teriam experimentado o sacrifício em toda a sua amargura? O coração dos amorosos pais não teria sentido a dor da separação? Que foi que os levou a fazer tal sacrifício? A lenda fala de um voto que tinham feito. Votos desta natureza não eram raros no Antigo testamento. As crianças eram educadas em colégios anexos ao templo, e ajudavam nos múltiplos serviços e funções da casa de Deus. Não erramos em supor que Joaquim e Ana, quando levaram a filhinha ao templo, fizeram-no por inspiração sobrenatural, querendo Deus que sua futura esposa e mãe recebesse uma educação e instrução esmeradíssima.
Grande era o sacrifício de Maria. Não resta dúvida que para Maria, a criança entre todas as mais privilegiada, a cerimônia da apresentação significava mais que a entrada no colégio do templo. Maria reconhecia em tudo uma solene consagração da vida a Deus, a oferta de si mesma ao Supremo Senhor. O sacrifício que oferecia, era a oferta das primícias, e as primícias, por mais insignificantes que sejam, são preciosas por serem uma demonstração da generosidade do ofertante, e uma homenagem a quem as recebe. Maria ofereceu-se sem reserva, para sempre, com contentamento e júbilo. O que o salmista cantou, cheio de entusiasmo, traduziu-se na alma da bem-aventurada menina: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor”. E entrarei junto ao altar de Deus; do Deus que alegra a minha mocidade.

Que espírito, tanto nos santos pais como na santa menina! Que espetáculo para o céu e para os homens! O que encanta a Deus e lhe atrai a graça, em toda a plenitude edifica e enleva a todos que se ocupam deste mistério na vida de Nossa Senhora. Poderá haver coisa mais bela que a piedade, o desprendimento completo no serviço do Senhor?

A vida de Maria Santíssima no templo foi a mais santa, a mais perfeita que se pode imaginar. O templo era a casa de Deus e na proximidade de Deus se sentia bem a bela alma em flor. “O passarinho acha casa para si e a rôla ninho nos altares do Senhor dos Exércitos, onde um dia é melhor que mil nas tendas dos pecadores” . Santo era o lugar onde Maria vivia. Era o templo onde os antepassados tinham feito orações, celebrado as festas; era o templo onde se achava o santuário do Antigo testamento, a arca, o trono de Deus no meio do povo; era o templo afinal, de que as profecias diziam que o Messias nele devia fazer entrada.

Naquele templo a menina Maria rezava e se preparava para a grande missão que Deus lhe tinha reservado. “Como os olhos da serva nas mãos da Senhora, assim os olhos de Maria estavam fitos no Senhor seu Deus”. Segundo uma revelação com que Maria agraciou a Santa Isabel de Turíngia todas as orações feitas naquele tempo se lhe resumiram no seguinte: 1) alcançar as virtudes da humildade, paciência e caridade; 2) conseguir amar e odiar tudo que a Deus tem amor ou ódio; 3) amar o próximo e tudo que lhe é caro; 4) a conservação da nação e do templo, a paz e a plenitude das graças de Deus e 5) finalmente ver o Messias e poder servir a sua santa Mãe.

Maria era o modelo de obediência, amor e respeito para com os superiores de caridade e amabilidade para com as companheiras. Tinha o coração alheio à antipatia, à rixa, ao azedume e ao amor próprio. Maria era uma menina humilde, despretensiosa e amante do trabalho. Com afã lia e estudava os Santos Livros.
Como as meninas do Colégio do templo se ocupavam de outros trabalhos concernentes ao serviço santo, é provável que Maria tenha recebido instruções sobre diversos trabalhos, como fossem: Pintura, trabalhos de agulha, canto e música. É opinião de muitos que o grande véu do templo, que na hora da morte de Jesus se partiu de alto a baixo, tenha sido confeccionado por Maria Santíssima e as companheiras.

Assim foi santíssima a vida de Maria no templo. O Divino Espírito Santo lapidou o coração e o espírito da esposa, mais do que qualquer outra criatura. Maria poderia aplicar a si as palavras contidas no Eclesiástico: “Quando ainda era pequena, procurei a sabedoria na oração. Na entrada do templo instava por ela… Ela floresceu como uma nova temporã. Meu coração nela se alegrou e desde a mocidade procurei seguir-lhe o rastro”.
É de admirar que Maria, assim amparada pelos cuidados humanos e divinos, progredisse de virtude em virtude? De Nosso Senhor o Evangelho constata diversas vezes esta circunstância. Como Jesus, também Maria cresceu em graça e sabedoria diante de Deus e dos homens. Este crescimento a Igreja contempla-o em imagens grandiosas traçadas no Livro do Eclesiástico: “Sou exaltada qual cedro no Líbano, e qual cipreste no monte Sião. Sou exaltada qual palma em Cedes e como rosais em Jericó. Qual oliveira especiosa nos campos e qual plátano, sou exaltada junto da água nas praças. Assim como o cinamomo e o bálsamo que difundem cheiro, exalei fragrância; como a mirra escolhida derramei odor de suavidade na minha habitação; como uma vide, lancei flores| de um agradável perfume e as minhas flores são frutos de honra e de honestidade”. Nunca houve mocidade tão santa e esplendorosa como a de Maria Santíssima. Outra não poderia ser, devendo Maria preparar-se para a realização do mistério dos mistérios; da Encarnação do Verbo Eterno.

Reflexões:
A festa da Apresentação de Nossa Senhora encerra belos ensinamentos para a família cristã, para pais e filhos. Que modelo mais perfeito pais cristãos poderiam procurar, que Joaquim e Ana? Que exemplo de verdadeiro amor de Deus eles nos dão! Os pais não devem sacrificar os filhos ao egoísmo e às paixões, mas a Deus, que lhos deu. Como Joaquim e Ana devem estar prontos a oferecer os filhos, quando Deus os chamar para o seu serviço. Todos nós, vemos em Maria o exemplo que devemos imitar, se queremos que nossa vida seja agradável a Deus. Oração, pureza de coração e trabalho – eis os capítulos principais da vida cristã.

No Brasil:
A primeira paróquia dedicada a esta invocação mariana no Brasil ocorreu em 1599, na cidade de Natal, Rio Grande do Norte. A cidade de Porto Calvo, em Alagoas, palco de diversas batalhas entre brasileiros e tropas invasoras, durante a guerra holandesa, tem também como padroeira a Senhora da Apresentação.

No Rio de Janeiro
, o bairro do Irajá, era antigamente um vasto campo público, destinado à pastagem e descanso do gado que descia para o consumo da cidade. Em 1644 ali foi erigida uma pequena e humilde capela sob o patrocínio de Nossa Senhora da Apresentação pelo Pe. Gaspar da Costa, que foi mais tarde o seu primeiro Vigário e cujo pai possuía propriedades nos arredores. A igrejinha foi reformada, ampliada e transformada em paróquia, uma das mais antigas do Rio de Janeiro.

Oração à Nossa Senhora da Apresentação
Minha boa Mãe do Céu,
Nossa Senhora da Apresentação
que, aos três anos subistes
as escadarias do Templo
para vos consagrardes inteiramente a Deus,
praticando assim o ato de religião
o mais agradável ao Senhor,
seja-vos também agradável,
a nossa homenagem,
a nossa consagração.
Consagrastes ao Senhor,
ó Rainha do Céu,
o vosso espírito e vosso coração,
em flor de infância,
o vosso corpo e todas as potências do vosso ser
pelo sacrifício total,
o mais generoso e desinteressado,
pela mais solene imolação
que o mundo já viu,
antes da imolação do Calvário.
Nós, aqui na terra de exílio,
unimos aos espíritos celestes
que assistiram a esta augura cerimônia
que é como prelúdio de todas as vossas festas
e com eles e todos os santos
cantamos as glórias
da vossa Apresentação benditíssima.
Amém.


fonte:https://historiadenossasenhora.wordpress.com/tag/biblia

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